#HC0 — A HISTÓRIA DO CINEMA: uma viagem por grandes filmes.

Argos Crítica
4 min readJul 6, 2021

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Por: Carlos Anselmi

Se você já acompanha nossos textos, sabe que sempre afirmo a importância e a ótima experiência que podemos ter por abrirmos nossos horizontes para diferentes filmes, e como as experiências podem ser amplificadas a partir do momento que temos um repertório maior sobre nosso objeto de interesse. Por isso, hoje iniciamos uma nova etapa na página, trataremos da história do cinema, por meio de textos sobre cada filme e seu contexto histórico (já selecionados). As obras estão organizadas em movimentos cinematográficos, em países ou continentes, e (mais ou menos) cronologicamente.

Como dito no nosso último texto ‘Por que assistir filmes “estrangeiros” e “antigos”?’ (e sugiro a leitura do mesmo antes deste), minhas próximas publicações tratarão — em sua maioria — sobre a história do Cinema, e esta é uma apresentação introdutória para esta sequência, onde será explicado como este processo funcionará ao longo do tempo. Adianto que talvez este texto fique um pouco denso, mas garanto que é bem pouco e por pouco tempo, vale a pena continuar.

Pensar cinema a partir da história não é algo recente, diversos autores já o fizeram e podemos nos apoiar em seus estudos para compor nossas percepções com maior embasamento. Porém, o cinema, como fenômeno abrangente e complexo, compreende fatores estéticos, sociais, políticos e sensíveis, e qualquer visão pode ser amplificada a partir de diferentes pontos de vista. Portanto, ainda que haja uma análise sobre a experiência estética teorética (que pode ser definida mais simplificadamente como uma análise mais precisa e distante), a experiência sensível também será levada em conta para cada texto, trazendo algumas vezes o viés marxista, o hic et nunc, ou seja o “aqui e agora”, de uma obra que garantem sua autenticidade (segundo Walter Benjamin), ou questões particulares que podem ser pertinentes para que a experiência seja mais original.

Cena do filme ‘Viagem à Lua’ (1902)

Alguns textos podem tratar mais sobre algum sentimento ou ideia, usando o filme como pano de fundo, (como outros textos já publicados, este: ‘Este é um texto sobre Velozes e Furiosos, ou quase isso’ por exemplo) e outros, mais especificamente sobre contexto histórico (como este: ‘O Cinema Novo em Deus e o Diabo na Terra do Sol’). Alguns fugirão da sequência, pois continuarei publicando textos que não fazem parte desta série (esta é a melhor palavra?), por isso, numerarei os textos com #HC (História do Cinema) e o número da publicação no título, sendo essa a #HC0. E para quem quiser se organizar e ler na ordem, caso chegue depois, este texto será sempre editado com um índice ao final com todos os textos desta série organizados na ordem da publicação.

Mais especificamente agora, explicarei sobre a ordem das publicações, as indicações de filmes que virão nos futuros textos e como isso conversa com o contexto histórico.

Posso explicar isso falando do próximo texto da série, que tratará sobre o primeiro cinema. Teremos então, os primeiros exemplos de cronofotografia, os primeiros registros de técnicas usadas, como por exemplo, o close-up, o panorama, o primeiro som gravado, o primeiro filme dirigido por uma mulher, entre outros. Comentaremos sobre isso, e deixaremos o link para assistir os curtas que estão disponíveis no Youtube, para que se possa ler, e assistir parte da história do Cinema na mesma hora. Garanto que no futuro, nossa visão sobre outras obras ganharão mais profundidade após compreender as origens da sétima arte.

Em seguida, trateremos dos principais movimentos e os principais filmes de cada movimento, mas como faremos isso? Inicialmente, temos o Expressionismo Alemão, por exemplo. Traremos, então, uma sequência de textos onde cada um aborda um dos principais filmes do movimento. Alguns para falar das inspirações artísticas e a realidade do pós guerra que influenciou o movimento, outros com o legado que o movimento deixou e referências usadas hoje, e outros sobre questões mais subjetivas de como entendemos algumas obras para compartilharmos nossas experiências.

Em seguida temos montagem soviética, o nascimento da Disney, a influência nazista na Alemanha, Chaplin entre outros. Sempre tentando relacionar o contexto histórico (político, social, geográfico, entre outros) da obra, e as influências dos movimentos anteriores nas ondas cinematográficas que surgem em seguida. Pode parecer um projeto ousado ao explicar assim, mas nada mais é, que uma maneira de trazer os textos organizados como uma série ordenada ao longo do tempo, uma viagem por grandes filmes.

Este é um projeto que pode durar bastante tempo, visto que estimo uma média de 350 filmes (selecionados de maneira a tentar reduzir a lista apenas aos principais, mas que pode aumentar ao longo do tempo) para conversar sobre.

Espero que vocês gostem dessa viagem e participem conosco.

Nossos textos:

#HC1 — Chegando ao Primeiro Cinema

#HC2 — O PRIMEIRO CINEMA

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